Ford CORCEL

Quando a Ford adquiriu a Willys, essa última estava desenvolvendo um projeto em parceria com a Renault, o projeto "M". Esse projeto deu origem ao Renault 12 na França, e, com uma carroceria diferente, ao Corcel no Brasil.



Lançado inicialmente com o um sedã e como um coupé (em 1970), o carro foi bem aceito quando de sua estéia em 1968. O espaço interno e o acabamento chamavam a atenção, e as inovações mecânicas eram muitas, bem mais do que o seu concorrente direto, o ultrapassado VW 1600.
Mecânica
Um problema, porém, incomodava os proprietários desde o lançamento: um desalinhamento na direção causava um desgaste acelerado dos pneus dianteiros. A fábrica, em 1970, convocou os donos de 65 mil Corcel para o primeiro 'recall' na história da indústria automobilística nacional.
Versões



Sanado o problema, o carro se tornou um sucesso. Versões caminhonete (Belina) e a já citada coupé se juntaram a linha, que contava até mesmo com uma versão "esportiva", a GT XP, com algumas modificações na aparência e outras poucas no motor (1.4, ao invés dos 1.3 padrão da linha), porém com uma extensiva campanha de marketing, apelando sobretudo aos jovens.
Mudanças
A fábrica fez algumas alterações na aparência geral do carro em 1973, deixando-o um pouco parecido com o Ford Maverick. Os motores passaram a ser o 1.4 usado na linha GT. Em 1975 o design era novamente retocado, aumentando a semelhança com o Maverick, sobretudo na traseira. Um novo componente se adicionava a família, o LDO, com acabamento interno luxuoso e teto revestido de vinil.
O Corcel II
Em 1977 o modelo tradicional chegava ao fim da linha, após 9 anos, e era lançado o Corcel II. Com a mesma base mecânica mas com uma carroceria totalmente nova, o modelo impressionava pelo estilo, mas decepcionava no desempenho. Em 1979, entretanto, chegava o modelo 1.6 com cinco marchas, dando novo fôlego ao carro.
Carroceria



Devido a preferência dos brasileiros por carros duas portas, a versão sedan 4 portas foi a única a não prosseguir na linha Corcel II. Porém, como que para compensar esse fato, a Ford projetou a nova carroceria de modo que as portas fossem grandes o suficiente para permitir um fácil acesso aos bancos de trás. O resultado, portas pesadas e compridas, não agradou a maioria, entretanto.
O Del Rey
Não por coincidência a Ford ainda lançaria outro desdobramento da linha, o Del Rey, em 1981. Sedan luxuoso e com opção para quatro portas, o carro não fez o sucesso esperadode imediato. Seu porte era um tanto incompatível com o público alvo: os consumidores de itens de luxo como os oferecidos pela linha esperavam um carro um pouco maior.
A Pampa



E seguindo uma tendência do mercado brasileiro que perdura até hoje, a Ford lançou uma versão pick up do Corcel II, a Pampa. Com uma suspensão traseira mais adequada ao transporte de cargas o carro se tornou um sucesso, ganhando inclusive uma versão 4x2/4x4 em 1984 (porém não muito estável em operação 4x4).
O Fim da Linha
Nos idos de 1986 o mercado já não era o mesmo, e o Corcel (agora sem o "II" no nome) perdia seu lugar. Saindo de linha no mesmo ano, deixou o terreno livre para o Chevrolet Monza.
A linha Belina/Del Rey/Pampa se manteria, recebendo nova motorização (potentes motores Volkswagen AP, oriundos da joint venture conhecida como Autolatina). Os dois primeiros sairiam de linha em 1991, e a Pampa manteria-se no mercado até 1996.

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